Segunda-feira, 16 De Dezembro,2013

Do fim-de-semana

O meu roupão cheira a bolos :)

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Sexta-feira, 18 De Outubro,2013

A cenoura no topo do bolo

Agora que me vou dedicar à agricultura (vê-se mesmo que me têm faltado os comprimidos...), urge encontrar literatura apropriada ao tema. Google daqui e dali e num brevíssimo rasgo de lucidez, lembrei-me do gigante e famosíssimo Borda d'Água. Claro! What else?

O Borda d'Água, que existe há 85 anos e que é sobejamente conhecido por toda a gente (...menos por mim, que nunca lhe liguei), é um pequeno livro em papel meio transparente, que fala das fases da Lua, das festas, dos feriados, da astrologia, das marés, das estações, da agricultura e de variadas coisas de "utilidade diária".

Para quem nunca folheou o dito, sigam o meu conselho e corram a pôr os olhinhos em cima de um. Vão ver que vale a pena (ainda não parei de me fustigar mentalmente por tê-lo deixado escapar durante tantos anos).

Dentre toda as indicações úteis que nos fornece, há uma que, a meu ver, merece grande destaque (estou até tentada a ir desencantar não sei bem onde as edições anteriores só para me poder deliciar) e que ocupa toda a última página do almanaque. A rubrica dá pelo nome de "Juízo do Ano" e que é uma narrativa premonitória e resumida de como será o ano que se aproxima. E que premonições, senhores! Muito, mas muito melhores do que as profecias desses adivinhos, bruxos e videntes que correm em nosso auxílio através das páginas dos classificados.

Ora vejamos: para 2013, o Borda d'Água dizia que "os que nascerem sobre o domínio de Marte serão inimigos da paz e cheios de ira vivendo sem piedade, mentindo e enganando, pelo que se exige particular atenção a seus educadores pois são crianças difíceis de educar mas também um desafio para a própria sociedade."

Arrepiante, não? E se dúvidas houver, eis como podemos reconhecer as crianças nascidas em 2013: "A sua fisionomia será de rosto grande e com bastantes sinais, pouco cabelo, olhar espantado, pescoço comprido, nariz grande e largo, dentes largos e afastados, poucas barbas no sexo masculino, pés largos e grandes. (...) A nível profissional têm aptidão para a carreira das armas e da guerra (...)".

A coisa não parece animadora, portanto. O melhor é tomar nota destas características e andar com uma check list no bolso de ora em diante, só por precaução.

Depois de saber que os de 2013 são meio ogres, meio delinquentes e dada a seriedade do assunto (falamos das futuras gerações deste país!), apressei-me, como é óbvio, a tentar descobrir como serão os de 2014. Mais uma vez, o almanaque surpreendeu-me com a sua previsão, de contornos levemente alienígenas: "Esteja atento sobretudo aos que lhe estão mais próximos pois por vezes são lobos disfarçados com pele de cordeiro. (...) Os que nascem neste ano serão de estatura mediana com olhos pequenos e atrativos, testa larga e alta, mãos esbeltas e dedos compridos."

Estaremos ainda à mercê dos humores do mais pequeno planeta do Sistema Solar, sendo de prever que as coisas tanto possam correr bem... como mal: "A influência de Mercúrio pode ter duas faces: por um lado pode ter uma influência muito boa, conduzindo o homem no bom caminho, mas, por outro, pode ter uma influência maléfica conduzindo a humanidade numa direção destrutiva e sem retorno".

A sério, não sei como consegui sobreviver até hoje sem esta pérola literária.

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Quarta-feira, 11 De Setembro,2013

Cortinando

- Tchiii... o teu gato fez-te aí um grande arranhão!

- Errrr... não tenho gato. Isto foi com um alfinete.

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Quinta-feira, 05 De Setembro,2013

(en)talão

Após anos a levar com talões que, em 90% dos casos, iam parar ao lixo, o Continente finalmente enviou-me duas folhas em que todos aquele irritantes papelinhos destacáveis correspondem a produtos que eu efectivamente compro.

Das duas uma: ou aprimoraram os filtros sobre a informação que têm acerca do meu perfil de consumidora, desde a marca de tampões às bolachas que adquiro (sempre que passo o cartão vermelho com letras brancas para as mãos das operadoras de caixa, imagino logo as bases de dados a crescer à maluca) ou perceberam que a estratégia deles não funciona comigo (descontos em coisas que nunca comprei e que nem sequer me interessam não me fazem ir de propósito à loja deles).

Mas lá está: eu se calhar sou estranha. Como diz o Mano, as minhas compras por impulso acontecem depois de uma pesquisa e análise exaustivas...

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Quarta-feira, 28 De Agosto,2013

Novo verbo cá da casa

Cortinar: acto ou efeito de confeccionar cortinas. O mesmo que "uau, fui eu que fiz..."

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Sexta-feira, 28 De Junho,2013

Ainda das pinturas

Hoje exibo a mais recente tendência deste Verão em pedicure: Bondex Corrostop na cor cinza/prata, com garantia anti-ferrugem.

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Quinta-feira, 27 De Junho,2013

(quando terminar, já é inverno outra vez)

Sabem aquelas cenas dos filmes em que duas ou mais pessoas estão a pintar alguma coisa e de repente começam na palhaçada a pintarem-se e a salpicarem-se uns aos outros com tinta? Pois eu gostava de descobrir como é que eles depois limpam aquela porcaria toda. Ando a pintar as cadeiras do terraço e tenho tantas manchas de tinta cinzenta em cima que quase pareço uma árvore de natal. E, ainda por cima, esfolada, que até pedra pomes já usei.

 

[e acabei de encontrar mais duas!]

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Terça-feira, 18 De Junho,2013

The legendary tiger dog

De visita à casa antiga (de onde saímos há dois anos), reparo, por acaso, que a jigajoga que tivemos de inventar para o ser-peludo-que-vivia-connosco não roer por completo o fio do telefone continua exactamente no mesmo sítio.

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Quinta-feira, 06 De Junho,2013

Fucking delicious

De quando em vez, lá apanho na televisão uns quantos programas de culinária com o Gordon Ramsay pelo meio. Uma das coisas que o caracterizam (para além da profusão de asneiras que lhe saem boca fora) é o incentivo às compras nos mercados locais, não só pela qualidade dos produtos como pelos preços.

O tipo tem alguma razão.

Cá por casa dividimos as compras alimentares entre o hipermercado e o mercado (vulgo praça) mais próximos; ambos competem em preços e em qualidade e contrariamente à ideia geral, nem sempre o melhor está no mercado e nem sempre o preço mais atractivo está no hiper. Mas é verdade que, quando comparo os produtos de topo do hiper com os produtos de topo do mercado, estes últimos ganham com larga vantagem no que toca à qualidade.

Experimentem comprar tudo no hipermercado durante umas semanas e depois voltem às alfaces, às batatas e às cenouras (só para dar alguns exemplos) da praça e verão do que falo. É que quando as coisas de lá são boas, são mesmo, mesmo, mesmo muito boas.

O truque, já se sabe, é encontrar um equilíbrio entre os dois mundos.

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Segunda-feira, 20 De Maio,2013

Amor cão

Quando te peguei ao colo pela primeira vez, eras uma pequena bola de pelo castanho, ternurento e fofinho. Mal abrias os olhos e parecias imensamente indefeso. Escolhemo-nos mutuamente, acho. Ainda nos foi sugerido que trouxéssemos um irmão teu, de ar pachorrento e molengão, mas não quisemos. É verdade: foi-nos acenada a hipótese de termos um cão normal e preferimos ter-te a ti. Ignorámos o coração a bater desenfreado na palma da minha mão, um presságio do bicho agitado em que te virias a tornar; também fizemos orelhas moucas aos guinchos soluçantes que emitias, uma antevisão de todos os agudos que viriam a sair constantemente do mais ínfimo recanto da tua garganta canina. Eras tu e pronto.

Cometemos imensos erros na tua educação. Não te conseguimos habituar à presença de outros cães. Não te conseguimos habituar a andar de trela. Não te conseguimos habituar a caminhar ao nosso lado. Não te conseguimos habituar a não uivar durante a noite. Não te conseguimos habituar a não escavar buracos pelo quintal todo. Sabias as regras, apenas escolhias não as seguir. Na verdade, eras bicho para fazer o Dog Whisperer descabelar-se todo.

Uma vez saltaste por cima do muro para ir atrás não sei do quê. Pusemos uma rede mais alta. Voltaste a saltar. Pusemos uma rede ainda mais alta. Fizeste um buraco e voltaste a saltar. Era frequente tocarem-nos à campainha para nos avisarem que "O vosso cão anda na rua". Tinhas sempre que fazer do lado de fora da casa. Comer porcarias. Ir ladrar aos outros cães. Levantar a pata em todas as esquinas e pedras. Rebolar-te em coisas imundas. Uma alegria.

Noutra ocasião, aproveitaste um nanosegundo de distracção em que o portão se manteve aberto sem vigilância e saíste disparado. Logo por azar, naquele exacto momento, passou um carro na rua a uma velocidade pouco compatível com cães que saem disparados do meio do nada. Levaste uma pancada, ganiste, fizeste-nos pensar o pior. Mas quando fomos ver, já ias bem longe, a saltitar com as orelhas ao vento, extasiado com a sensação de liberdade.

Também nos ajudavas na jardinagem. Comias pêssegos podres directamente da árvore. Ias roer limões – que tinhas arrancado dos ramos - para os degraus da entrada. Abrias sulcos em busca de minhocas. Usavas a mangueira como aperitivo enquanto não te enchíamos o prato (este hábito, aliás, levou-te de emergência ao veterinário por teres ficado com os intestinos entupidos com o plástico que tinhas roído). E depois de teres descoberto os prazeres da coprofagia, a vida em casa nunca mais foi a mesma.

Em determinada altura, achámos que o teu problema era excesso de energia. Levámos-te à praia (na época baixa, obviamente) para correres à vontade. E como correste... principalmente atrás dos outros companheiros de quatro patas. Quando te colocámos novamente no carro, arranjaste forma de ladrar a todo e qualquer cão que se cruzasse connosco, de tal maneira que acabámos por ter uma matilha a perseguir-nos estrada fora. Eras um verdadeiro bullier e nunca te intimidaste com o facto dos outros terem o triplo do teu tamanho.

Ir contigo a qualquer lado era uma aventura e exigia comer previamente dois ou três bifes bem aviados. Não que fosses corpulento ou pesado, mas porque nos cansavas com os teus guinchos de excitação, com o frenesim da trela a puxar, com a sofreguidão de perseguir tudo o que se mexesse ou te parecesse minimamente interessante.

Dizem que os cães adaptam o seu comportamento ao estado de espírito dos seus donos; se eles estão tristes, o cão tenta consolá-los; se estão contentes, partilham dessa alegria. Tu estavas-te perfeitamente a borrifar. Estivesse eu como estivesse, rouca de tanto gargalhar ou com a vida a inundar-me por dentro e a transbordar-me pelos olhos, tu babavas-te para cima de mim como sempre, corrias e saltavas à minha volta como sempre, desafiavas-me com a bola como sempre, enchias-me de pelos como sempre.

Quando ficaste leishmanioso - e passado o choque inicial - interiorizei o facto de, mais tarde ou mais cedo, ficarmos sem ti. Tive apenas receio do processo até chegarmos a esse momento; tive receio que os rins ou o fígado falhassem, ou que sofresses um qualquer colapso súbito, ou que fossemos obrigados a correr a toda a hora para o veterinário, procurando mitigar-te o sofrimento.

Mas tal não aconteceu. Aguentaste-te heroicamente. Fizeste as medicações prescritas, as análises de controlo, a alimentação regrada. Não sei se foi por isso ou por pura sorte, mas demos a volta às sacanas das leishmanias. E o teu comportamento “exemplar” manteve-se genuinamente tresloucado até ao fim.

Foste um bom cão – um verdadeiro cão – e acho que fomos bons donos.

Quando nos dizem que para esquecer este devíamos arranjar já outro, eu penso por que raio de razão quereríamos nós fazê-lo. “Esquecer este” (esquecer-te!) seria esquecer os últimos doze anos de vida, da nossa vida-a-dois-mais-um-cão-de-olhos-amarelos-e-mal-comportado. Nunca conseguiria fazê-lo e conforta-me saber que, pelo menos nas nossas memórias e nas memórias dos sítios por onde passámos, tu serás eterno.

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