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outros dias

[dia] período de uma rotação terrestre; no plural, existência

Mãe, a náufraga da www #4

Outubro 18, 2012

A Mãe criou, sem ajuda, uma página no Facebook e compreendeu muito (mas mesmo muito!) mais depressa do que eu a dinâmica dos amigos, dos amigos dos amigos, das sugestões, das mensagens e dos convites.

É tão bom vê-los voar sozinhos, não é? :)

"Sinto-me com sorte"

Junho 21, 2010

O Google tem um botão com o nome em epígrafe (sempre desejei dizer isto: "em epígrafe"...) cuja razão de ser, pensava eu, andava algures entre a completa inutilidade e a mais hilariante das surpresas. Neste momento, abençoo os senhores do Google pela sua existência.

A história é longa, mas eu explico.

Eu sou forreta, agarrada, mão de vaca. É mais forte do que eu: tudo o que implique gastar dinheiro traz-me grande sofrimento físico e psicológico. E sempre que é absolutamente necessário fazê-lo, procuro em pelo menos doze lojas diferentes, planifico, confronto especificações, meço, altero, simulo, desenho e tenho insónias até encontrar exactamente o que quero, pelo preço que quero.

A casa nova vai ter, como o adjectivo indica, uma cozinha nova. E uma cozinha nova, como o adjectivo, mais uma vez, indica, implica (atenção que não disse "obriga" [formigueiro, formigueiro, formigueiro]) electrodomésticos novos. E electrodomésticos novos significa... [formigueiro, formigueiro, formigueiro] gastar dinheiro.

Reduzido o pacote de possibilidades de equipamentos a adquirir a cinco magníficos exemplares (forno, placa, exaustor, arca congeladora vertical (quem me conhece sabe que há ANOS desejo ter uma...) e máquina de lavar roupa), eu e o marido deambulámos por essas grandes superfícies comerciais fora em busca dos modelos perfeitos, para que lhes pudéssemos mexer, abrir portas, rodar botões, testar a resistência. Encontrámos exposições fracas, fraquinhas e fraquíssimas. Modelos que já nem sequer apareciam no site da própria marca, descrições que nada diziam ou simplesmente inexistentes, funcionários que reviravam os olhos a perguntas tão simples como "Quantos litros tem este forno?" ou "Qual é o nível de ruído desde exaustor?". Depois de muitas viagens e entre umas e outras lojas e os catálogos que puxei da net, lá conseguimos fazer a nossa escolha e passar para a fase seguinte: orçamentos.

Aprendemos logo que só compra nas grandes superfícies quem não está para ter trabalho ou quem não sabe que há alternativas bem mais baratas. Aqui, o chamado comércio tradicional, com porta aberta para a rua, funciona muito melhor. Por recomendação do construtas-man, fomos a duas lojas conhecidas pelos “preços baixos” e “descontos imbatíveis”. E acabámos por fazer uma coisa muito feia... da qual não nos arrependemos: mostrar o orçamento de uma à outra e dizer que tínhamos valores mais baixos. Andámos umas semanas neste jogo de dumping-aplicado-ao-consumidor até que uma delas, espremida até ao tutano, lá chegou aos 30% de desconto e arrebatou o negócio.

Ou quase.

A minha forretice, aliada à desconfiança do marido, não nos estava a deixar completamente satisfeitos em relação ao preço do forno. Apesar de não termos encontrado nenhuma proposta mais baixa, achávamos que, por muito pirolítico-xpto que o dito fosse, o que nos pediam por ele era excessivo. Artilhado com a dúvida, o marido apoderou-se da caixa de pesquisa do Google, digitou a referência do forno e, por engano, clicou no "Sinto-me com sorte" em vez de no "Pesquisar". E foi então que todo um mundo novo se abriu perante os nossos olhos: uma loja física situada num extremo do país, com vendas online e preços, esses sim, verdadeiramente pirolítico-xptos.

Com o orçamento deles na mão (recebido uma hora depois de os ter contactado por mail), fomos tentar estrafegar ainda mais a tal loja com quem já tínhamos acertado contas. A vendedora, a gerente e a administração esmifraram-se, esmifraram-se, esmifraram-se... mas não chegaram por... mais de 200€. E meus amigos, para nós, era muito carcanhol.

Avançámos então com a encomenda dos cinco magníficos à loja online e agendámos a entrega em duas fases: o que era de encastrar vinha primeiro, para ser logo montado assim que a cozinha estivesse instalada, e o resto viria mais tarde, para evitar que acontecessem coisas chatas como pontapés acidentais durante as restantes fases da obra.

Os electrodomésticos são enviados via transportadora e é esta que gere as horas das entregas. Foi a única coisa que não gostei em todo o processo: pedi para ser depois das 17h (porque felizmente ainda trabalho) e fiquei a saber que o estafeta vinha às 11h da manhã. A incompatibilidade lá se resolveu com um desvio até ao meu local de trabalho (!) e transbordo do forno, placa e exaustor para o meu carro (sim, tal como no episódio da conduta, a minha coisa-com-rodas revelou ser um espectáculo!!).

Do que vimos, está tudo em condições, isto é, inteiro, sem riscos nem amolgadelas, com manuais de instruções, papéis da garantia e factura. Estamos satisfeitos porque todo este processo começou em Janeiro e, enfim, já vão sendo muitos meses de insónia.

Depois do rol de peripécias, só nos falta mesmo o próprio cozinhas-man ter um botão "sinto-me com sorte" para se decidir de uma vez por todas a ir colocar-nos os móveis.

Entretanto... obrigada, Google!

Mãe, a náufraga da www

Fevereiro 22, 2010

Há dois meses e meio atrás, ofereci à Mãe uma ligação móvel à internet. Este fim-de-semana, ou seja, dois meses e meio depois, o Irmão lá teve tempo e paciência para a ajudar e abriu-lhe, pela primeira vez, as portas do mundo virtual.

O mail foi estreado com uma mensagem para mim:

"Estou a naufragar no mar da internet por causa de vocês os dois!
HELP"

Tuning na aldeia global

Agosto 12, 2009

Aqui há uns anos, alguém inventou um chavão que pretendia traduzir o encurtamento das distâncias, a proximidade dos países e populações, a facilidade de comunicações, de trocas comerciais e por aí fora. Dizia-se que vivíamos numa aldeia global. Estava tudo à mão, conhecíamo-nos todos, era tudo belo.

Prova disso (ou não) foi o que se passou com um dos tunings que quisemos fazer à casa nova.

Ao contrário da conduta para a roupa suja, a decisão de instalarmos desumidificadores de parede nas casas-de-banho estava tomada há muito, muito tempo. Na altura, fiz uma pesquisa rápida pelo Google e, ao encontrar alguns modelos à venda no estrangeiro, apercebi-me que não íamos inventar a roda. Era uma questão de aprofundar as pesquisas e contactar as grandes lojas de electrodomésticos portuguesas ou, quanto muito, os representantes das marcas.

Quando chegou o momento de finalmente comprar os ditos (porque precisávamos dos aparelhos para fazer as marcações de saída de água e entrada de corrente eléctrica), o desconsolo foi total. Ninguém, em Portugal, vendia desumidificadores de parede. Pior: nem sequer sabiam que isso existia e ainda nos tentaram impingir os tradicionais (“Ah, mas este tem rodas e tudo!”).

Abandonámos então as lojas e virámo-nos para as marcas. Encontrámos uns alemães com representação em Portugal, a quem enviei um mail, a pedir informações. Depois de ter esperado o tempo que acho razoável para alguém responder a um mail, o marido telefonou para lá. Atendeu-o um grunho que disse que não vendiam isso e nunca tinham ouvido falar.

Como sou um bocadinho teimosa, resolvi contactar, também por mail, a sede da marca na Alemanha, expor o caso e apontar o dedo ao representante deles em Portugal. No dia seguinte, recebi um telefonema de cá, de um engenheiro muuuuito cordial, muuuuito paninhos quentes e muuuuito disponível. Lá lhe fiz o tour pelo site da marca deles até chegar, com grande surpresa por parte do meu interlocutor, ao desumidificador. Alguns dias depois, sempre podiam encomendar da Alemanha. Pedi-lhe que me enviasse um PDF com o manual dos aparelhos e o orçamento dos ditos.

Entretanto, tivemos um súbito ataque de felicidade: descobrimos que o El Corte Inglés em Espanha vendia o que queríamos! E como para nós, bimbos, o El Corte Inglés é sempre o El Corte Inglés, seja em que parte do mundo for, pensámos logo que a nossa vida tinha ficado imensamente facilitada: encomendávamos em Lisboa, os aparelhos vinham de Espanha para Lisboa e nós íamos buscá-los a Lisboa.

Wrong.
Muito wrong.

O El Corte Inglés em Portugal NÃO comunica com o El Corte Inglés em Espanha. Sim, é estúpido. Sim, eu também não acreditei.

O único favor que consegui foi fazê-los telefonar para Badajoz a perguntar se tinham em stock. E não tinham. E a loja de Lisboa também não podia encomendar por nós, mesmo indo nós depois ter com nuestros hermanos.

Bom, pensámos, vivemos numa aldeia global, portanto, nem tudo estava perdido. O El Corte Inglés espanhol faz vendas online, encomendava-se assim.

Mais uma vez, wrong.
Encomendava-se online e pagava-se o dobro, por causa dos custos de transporte. E esperava-se um mês (aparentemente, os nossos conhecimentos de geografia estão errados e Espanha é muito, muito longe).

Regressei aos outros sites estrangeiros onde tinha visto o desumidificador à venda e a situação ou era idêntica ou então nem sequer faziam entregas para Portugal (se calhar, Portugal é que fica muito, muito longe….)

Mais ou menos por esta altura, recebi do tal engenheiro muuuuito cordial, muuuuito paninhos quentes e muuuuito disponível o orçamento dos desumidificadores alemães. Ui. Era para esquecer. E isto para não falar do “Se houver algum problema, não podemos dar garantia… sabe como é… isto vem de fora…”. Ainda estive para perguntar “De fora, de onde? Marte?”, mas desisti.

Numa última tentativa, agarrei nas rédeas da situação com toda a genica que ainda me restava e depois de uns mails para o call center do El Corte Inglés espanhol (em que a todas as minhas perguntas responderam com “Es necesario que contacte la Tienda, es necesario que contacte la Tienda!”, liguei para Badajoz e pedi socorro.

A salvação chegou imediatamente, na forma de uma senhora chamada Isabel e a quem até hoje agradeço com vinte vénias de cada vez.

(Isabel, se algum dia leres isto, gracias, gracias, gracias!)

A Isabel percebeu em três minutos o que pretendíamos (mesmo eu falando portunhol), pediu-me o número de telefone e desligou. Contactou todos os El Corte Inglés de Espanha para saber se tinham o desumidificador em stock. Não tinham. Ligou para o armazém e encomendou. Ia demorar uma semana a chegar, mas demorou dois dias. Em todas as etapas deste processo, telefonou-me para me deixar a par do que se estava a passar. No sábado seguinte, metemo-nos no carro logo pela manhã e fomos a Badajoz. Com muita pena minha, não vi a Isabel (só entrava à tarde), mas os aparelhos estavam lá à nossa espera. Chegámos a casa às quatro da tarde, com a bagageira cheia e eternamente gratos à Isabel dos pequeños electrodomésticos.


Apesar de toda esta aventura (ou se calhar por causa dela), estamos desejosos de ver os desumidificadores instalados e a funcionar.



Como dizia no princípio, sim, vivemos mesmo numa aldeia global. E ainda andamos todos de carroça.

No tempo dos sinais de fumo é que era bom

Janeiro 27, 2009

Fico a trabalhar até às 2h34 e no dia seguinte (ou no mesmo dia, mas algumas horas depois), o pc não arranca.

 

Um lindíssimo cursor piscante informa que o C:\ já não está entre nós (provavelmente juntou-se aos dois discos que nos abandonaram há precisamente um ano).

 

No disc, no fun.

 

Trocar o disco e tal e tal, instalar o software todo e... os 4GB de RAM encolheram para uns míseros 512MB.

 

No RAM, no fun.

 

...

 

Os computadores também entram em saldos? Será que posso rifar a instalação eléctrica de casa? Um pontapé não resolve nada, pois não?

O ponto do poder

Novembro 11, 2008

Tenho uma aversão inexplicável àquela coisinha maravilhosa do office chamada power point. Chega a roçar a alergia.

 

Infelizmente, apesar de não gostar dele, navego bastante bem pelos menus, transições, efeitos, caixas aos saltos e outras macacadas. Graças a isso, calhou-me a nobre função de, num evento bastante importante, ficar a clicar a passagem dos slides.

 

 

 

 

[riso maléfico]

Começo

Outubro 03, 2007

a perder o fio à meada aos blogs privados do Blogspot a que tenho acesso. Talvez por estarem privatizados, não há feeds disponíveis, logo, não há cá Bloglines nem Google Reader (que, supostamente, é da MESMA família...) como auxiliares de memória.

Assim não brinco.

Radioactividade

Setembro 11, 2007

Passei o dia de ontem em frente ao computador. À noite, fiquei até às tantas a explorar um software de criação de animações. Hoje vou pelo mesmo caminho.

E agora estou aqui com uns olhos de vampira que até metem medo ao conde Drácula.

Estúpida.

À La Carte

Agosto 09, 2007

Ao procurar um mp3 na net, encalho numa página onde me oferecem, em letras gritantes, um REAL SEX PARTNER na terra onde vivo. Ao lado, muitas fotos de mamas, rabos, beiçolas em poses sexy.

Caramba. Se sabem a minha morada, ao menos que me mostrem gajos musculados ou assim...

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