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outros dias

[dia] período de uma rotação terrestre; no plural, existência

Leadership

Janeiro 04, 2011

Decidido que estava que íamos passar a passagem de ano com a Mãe, eu e o Irmão combinámos tudo entre nós – quem levava o quê, jogos, horas, etc.. No fim, digo:

- Bom, agora só falta telefonar à Mãe e dizer-lhe que tem de fazer o jantar para nós todos.

Conselhos fraternais

Janeiro 04, 2011

Irmão [com a perspectiva de ficar desempregado dentro de seis meses]: Estou deprimido…

Eu: Deprimido? Não podes. Se ficares – repito – SE ficares desempregado, é só daqui a seis meses. Não vais conseguir manter a depressão até lá, por isso mais vale dizeres-lhe que vá dar uma curva e que volte umas três semanas antes. Aí sim, podes deprimir.

Irmão: É tão bom ter uma conversa séria contigo…

Post of the day

Dezembro 28, 2010

Estar a contar um episódio que nos aconteceu, com grande empolgação, gesticulando e fazendo sons a acompanhar e a pessoa que nos ouve (e com quem, por acaso, não falamos há algum tempo) cortar o relato a meio e dizer placidamente:

- Já sabia, li no teu blog / no teu facebook.

 

 

How’s that for weirdness?

unplugged

Dezembro 22, 2010

criança de nove anos: não tens zon?

eu: não.

criança de nove anos: tens o quê?

eu: uma antena simples no telhado. tenho quatro canais.

criança de nove anos: [silêncio embasbacado]

eu: vejo a RTP1, a RTP2, a SIC e a TVI.

criança de nove anos: [silêncio embasbacado]

eu: na maior parte das vezes adormeço no sofá ao fim de cinco minutos, por isso, na prática, não vejo nada.

criança de nove anos: [com voz escandalizada] tu só tens quatro canais?!

eu: sim. tenho quatro e vejo quatro.

criança de nove anos: [com orgulho] eu tenho 299!!

eu: 299? e desses canais todos, quantos vês?

criança de nove anos: [olha para o tecto e faz contas de cabeça em silêncio]

eu: não vês os 299, pois não?

criança de nove anos: [sorrindo] não. vejo quatro, também.

Nada passa

Agosto 25, 2010

Êxtase

Agosto 20, 2010

Em digressão científica pela Dinamarca, o Irmão - que tem em casa um quarto só para a sua colecção de legos - envia-me uma mensagem dizendo apenas "Legoland".

 

Respondo-lhe, sem hesitar, "ET finally found home".

Ciclocoisas

Julho 01, 2010

[imagem daqui]

De há uns dois ou três anos para cá que andar de bicicleta se tornou uma actividade muito in, muito divulgada, muito praticada, muito tudo e tudo e tudo. Os preços baixaram, a oferta é maior e, sobretudo, é um desporto fixe e boa-onda. Aos fins-de-semana, é vê-los a passar, em grupos equipados de igual, de camelbaks atestadas e gps reluzentes, a percorrer essas estradas e esses montes. Aplaudo-os a todos e a todas as iniciativas relacionadas, já que pode ser que assim os ciclistas passem a ser mais respeitados e se criem ciclovias dignas desse nome um pouco por todo o país.

Para além do ambiente, companheirismo e solidariedade que se vive entre quem pratica esta actividade, existe um código de conduta inerente, do qual fazem parte as regras básicas de cidadania e coisas como cumprimentar os outros pedaleiros ou incentivar os que ameaçam ficar para trás ou desistir.

E existem também as aves-raras.

No outro dia, eu e o marido regressávamos da praia, cada um sobre as respectivas duas rodas, quando, na parte mais tortuosa do percurso (800 metros de subida íngreme), passa por nós, em sentido contrário, um ciclista solitário, todo pimpão e lampeiro, fresco que nem uma alface. Eu e o marido, a deitar os bofes pela boca, demos-lhe os bons dias, ao que ele retrucou, alto e esganiçadamente:

- Então, coméqué?!

Não fosse a minha falta de fôlego e necessidade de concentração absoluta para conseguir chegar minimamente viva ao topo da ribanceira, tinha-lhe respondido:

- É grande e grossa, pá! Grande e grossa!

As palavras que nunca esquecerei

Maio 05, 2010

O Toni conseguiu fazer-me o penteado mais despenteado que alguma vez me revestiu a caixa dos neurónios.

- Está lindo! - disse eu, quase no fim, e ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me.

- Pois está! - respondeu ele, e riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se e pimbas, deu mais uma tesourada fora do sítio.

Em casa, o marido, assim que me viu, gritou:

- CORTASTE O CABELO!!!

E depois riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se. Quando conseguiu controlar as gargalhadas, lá disse:

- Estás muita gira!

A seguir deu-me muitos beijinhos e foi-se embora a rir.

Eu, bom... eu só me lembro da recomendação do Toni quando saí de lá:

- Dê-lhe com o secador para ele ficar de pé!

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