Ou então depeno-te as asas
Outubro 21, 2011
S. Pedro, amigo, há um momento, temido em qualquer relação, em que um dos intervenientes profere as terríficas palavras "Temos que conversar...". Pois é chegado esse momento entre nós os dois.
S. Pedro, temos que conversar.
S. Pedro, chegou-me aos ouvidos que tencionas fazer chover este fim-de-semana. Mas não é uma chuvinha qualquer. É um temporal. Quilolitros e quilolitros de água. Gigas, teras, petas de chuva. Não pode ser, S. Pedro. O fim-de-semana é aquele período entalado entre horas seguidas a aturar gente doida e manienta, telefonemas irritados, prazos impossíveis, dores de cabeça de origem variada e maus-humores de manhã à noite. Esta tortura dá-me carências, S. Pedro. E eu careço de andar de bicicleta, actividade que é pouco conciliável com a molha que pretendes mandar cá para baixo. Por isso, meu querido anjinho, faz-me lá o favor de mudar de planos e eu serei tua para todo o sempre, sim?
Agradecida.