Quarta-feira, 30 De Março,2011

Querido, fizemos uma casa #4

A cozinha e a lavandaria são os locais onde tenho passado mais tempo, por querermos que fiquem totalmente operacionais o mais rapidamente possível.

Tenho, finalmente (repito, f-i-n-a-l-m-e-n-t-e!!!), uma arca congeladora vertical. Mais: tenho uma arca congeladora vertical que não faz gelo! Apesar de ser mais generosa em litros do que a anterior, que era horizontal, as possibilidades de arrumação são menores porque está tudo em gavetas. Para mim é uma vantagem, já que assim consigo organizar melhor os vários tipos de congelados e não sou obrigada a mergulhar a cabeça dentro de um iceberg para encontrar o que quero. Acabou-se o medo de cair lá para dentro e só ser encontrada várias horas depois, conservadinha e fresquinha como um medalhão de pescada.

A máquina da loiça foi colocada 35 cm acima do chão. Acreditem que, aqui, o tamanho importa mesmo. Já não temos de nos dobrar para meter ou tirar os pratos e passámos a trabalhar a um nível verdadeiramente ergonómico sem que fosse preciso optar por uma máquina de encastrar. Trinta e cinco centímetros foi a medida certa (que o digam os homens das mudanças que se viram e desejaram para a deixar no sítio...).

A conduta para a roupa suja tem feito sucesso, entre nós, habitantes, e entre todas as pessoas que lá foram. É só atirar por ali abaixo as roupagens e... abrir a porta do armário da lavandaria e levar de repente com uma pilha de roupa inesperada em cima. Esta parte ainda tem de ser melhorada, provavelmente arranjando um cesto tamanho XXXL, um tubo de pano ou algo semelhante. Mas o tratamento da roupa sofreu um upgrade parcial em divertimento.

Igualmente divertida, ou, pelo menos, não tão aborrecida, tem sido, para já, a aspiração da casa. Com poucas mobílias espalhadas, as loiças sanitárias montadas na parede, os roupeiros encastrados e algumas paredes forradas com estantes, em três tempos conseguimos dar uma limpeza por alto naquilo tudo arrastando "apenas" uma mangueira. Sublinho o "apenas" porque aquilo é uma verdadeira centopeia gigante que se está sempre a enrolar sobre si mesma... mas pronto... espero que seja uma questão de tempo e de jeito.

Fora da casa propriamente dita, falta falar do ser peludo-que-vive-connosco. O bicho mudou-se no dia a seguir a nós. Demos uma volta com ele para conhecer os cantos e não sei se foi pelas luzes, pelos vidros das guardas ou pela agitação natural dele, mas ao fim de 10 minutos cometeu a proeza de se atirar pelas escadas do quintal em grande voo... aterrou de queixo, guinchou, levantou-se e continuou a correr como se fosse um cabrito. Enfim. É o ser-peludo-que-vive-connosco e já devíamos estar habituados a estas cenas... Tirando isso, chia como sempre e, como sempre, só quer é estar perto de nós e fazer-nos fintas com a bola na boca; o sítio onde estamos é-lhe indiferente, temos é de estar todos juntos :)

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Terça-feira, 29 De Março,2011

Querido, fizemos uma casa #3

Na cozinha, as cubas do lava-loiça parecem dois poços. São demasiado fundas para conseguir, por exemplo, lavar os legumes sem ficar com dores nas costas. Mas são perfeitas para esconder a loiça suja de uma semana inteira sem que se note sequer a pontinha uma colher a surgir à superfície (não é que eu o faça, mas...).

A placa de indução é das coisinhas electrónicas mais maravilhosas em que mexi nos últimos tempos. Acabou-se o cheiro a gás, acabou-se o descontrolo com os tempos de cozedura, acabaram-se os trinta minutos de espera até que a panela da sopa comece a ferver. Tinham-me dito que iria demorar uma semana a habituar-me à bicha, mas nem um dia levei. Assustaram-me com histórias de comida queimada, de me remediar com sandes para o jantar e de pessoas que tinham desistido daquilo e voltado ao tradicional fogão a gás. Eu, que sou estranha, não quero outra coisa desde o primeiro instante em que lhe pus as mãos e os tachos em cima.

Abençoado seja também o dia em que decidimos meter piso radiante. Mesmo, mesmo, mesmo. Onze anos a viver com frio, humidade, ataques de tosse e de alergias desconhecidas bastaram para nunca mais querer igual!

As casas de banho parecem salões de baile. A sério. Nenhum de nós gosta de andar aos encontrões no wc mas acho que exagerámos um bocadinho nas dimensões que exigimos ao arquitecto...

Dizem-nos que também exagerámos em armários e roupeiros mas até agora não nos queixamos disso. Espaço para arrumar tralhas é o que é mais preciso. Achávamos que tínhamos meia dúzia de coisas na casa antiga e que a mudança ia ser rápida e pacífica, mas a verdade é que quantos mais armários esvaziamos, mais tralha parece nascer espontaneamente lá dentro. A carrinha das mudanças foi cheia e ainda ficaram quatrocentas e vinte e oito mil coisinhas para trás. Temos levado os caixotes aos poucos, mas mais tarde ou mais cedo já sei que nos vai dar a fúria e o que tiver sobrado vai implacavelmente parar ao contentor do lixo sem passar por qualquer triagem.

Para encher as paredes que não estão ocupadas com os tais armários e roupeiros ou com as janelas (onde também exagerámos) recorremos, claro está, à IKEA e aos seus espectaculares sistemas-de-estantes-aka-puzzles-de-madeira-e-derivados-elaborados-com-alguns-requintes-de-malvadez. Sigo regularmente este e este sites mas vou deixar a modéstia de lado e atribuir a mim mesma o prémio de maior fã da IKEA: ainda não vi ninguém que tenha desenhado uma parede de uma divisão da casa a contar com as dimensões da mobília sueca que lá queria montar (sim, eu fiz isso em planta e certifiquei-me, em obra, que as medidas eram as correctas).

Até agora o que mais impressão me faz é mesmo o eco. A mobília é pouca e ainda não temos tapetes (sem serem os da porta da entrada) nem cortinas (os varões já lá estão, à espera de serem montados), pelo que qualquer conversa em divisões diferentes soa a grunhidos dentro de um barril distante. 

Temos adormecido sempre cansados e lá para as tantas (a troca da hora não veio ajudar mesmo nadinha...). Há sempre, sempre coisas para fazer e a mim dá-me comichões ver os mesmos caixotes no mesmo sítio durante muito tempo. Mas aos poucos a coisa vai :)

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publicado por outrosdias às 17:02
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Querido, fizemos uma casa #2

Parece que estamos num hotel. É tudo novo, cheira a madeiras e àquele pó das obras recentes. Espantamo-nos com os espaços, a temperatura interior, a luz, os sons. Descobrimos os cantos e recantos, a concretização palpável do que imaginámos durante tanto tempo. Sentimo-nos em estado de semi-euforia por ali estar e dali não nos apetece sair. Ainda nada é garantido mas, para já, estamos contentes e isso - isso - já ninguém nos tira.

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publicado por outrosdias às 16:41
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Querido, fizemos uma casa

I'm alive (we're alive) :)

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Quinta-feira, 17 De Março,2011

Vamos embora

Este sábado, às 8 da manhã (se sobrevivermos até lá).

E agora vou ali empacotar a minha vida. Isso e comprar tachos!

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publicado por outrosdias às 11:59
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Sexta-feira, 11 De Março,2011

Aproxima-se finalmente a meta

Dois anos depois, já nos atrevemos a não chamar obra à quase-casa-nova.
Os últimos sete dias foram de intensa correria, jantares à meia-noite, olheiras, poucas horas de sono, muitas estantes IKEA montadas e muitos furos na parede. E muito, muito, muito cansaço feliz. Ainda não terminámos tudo (para dizer a verdade, a lista nem a meio vai) e não sabemos quando será a mudança oficial. Mas a quase-casa-nova já cheira a casa.

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publicado por outrosdias às 11:37
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