As palavras que nunca esquecerei
O Toni conseguiu fazer-me o penteado mais despenteado que alguma vez me revestiu a caixa dos neurónios.
- Está lindo! - disse eu, quase no fim, e ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me, ri-me.
- Pois está! - respondeu ele, e riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se e pimbas, deu mais uma tesourada fora do sítio.
Em casa, o marido, assim que me viu, gritou:
- CORTASTE O CABELO!!!
E depois riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se, riu-se. Quando conseguiu controlar as gargalhadas, lá disse:
- Estás muita gira!
A seguir deu-me muitos beijinhos e foi-se embora a rir.
Eu, bom... eu só me lembro da recomendação do Toni quando saí de lá:
- Dê-lhe com o secador para ele ficar de pé!