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Abril 15, 2009
a coelhinha da Playboy.
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Abril 15, 2009
a coelhinha da Playboy.
Abril 15, 2009
Médica (olhando para a profissão): Então, faz coisas giras e assim?
Eu: Vou tentando...
Médica (vendo a data de nascimento e esbugalhando os olhos): Que idade é que tem??
Eu: errr...
Médica (esbugalhando ainda mais os olhos): Não parece! Não parece mesmo nada... tem uma cara tão gira!
Eu: errr... .... Obrigada.
Médica: Tem algum problema grave e assim?
Eu: Não. Só mesmo a miopia.
Médica: Ah... mas fica-lhe bem! Fica, fica. É que tem uma cara mesmo gira!
Eu (outra vez?!): ...Obrigada.
Médica: Já vi que ouve bem.
Eu: Sim. Estou aqui a ouvir o barulho de fundo todo que vem ali da recepção.
Médica: Ah... eu costumo fechar a porta.
Eu (ao estilo de diz-que-é-uma-espécie-de-clínica-numa-espécie-de-cave-e-assim): Por mim deixe estar. Entra ar.
Médica (a desenrolar o esfigmomanómetro): Vamos lá medir a tensão.
Eu: Costuma estar baixa.
Médica (fala, fala, fala, fala, fala... e cala-se de repente, com ar sério): ... Pois... realmente está um bocadinho baixa... 10/5.
Eu: É o normal...
Médica: Tem de fazer desporto... e assim.
Eu (sexo conta?): E faço. Natação, btt e ginástica com os olhos e as mãos no teclado e no rato. Às vezes também leio e exercito os neurónios.
Médica: E tem pontos fracos e assim?
Eu: errrr... Pontos fracos? O que são pontos fracos?
Médica: Depressões e assim... vontade de se atirar da ponte e assim...
Eu (a parte de estar prestes a endividar-me até ao mais ínfimo micron do meu ser não interessa, pois não? E as vertigens também não ajudam...): Vontade de me atirar da ponte... e assim... não. A vida até me corre relativamente bem.
Médica: Já reparei nisso! A sua cara diz tudo!
Eu (será que posso fugir?): Ah...
Médica: As galinhas vivem sempre em stress e produzem toxinas que se acumulam na pele. Por isso é que não se deve comer a pele do frango e assim.
Eu: Estamos sempre a aprender. Felizmente não gosto.
Médica: Então felicidades e assim!
Eu: Obrigada. Igualmente... e assim.
Abril 15, 2009
Pessoas quem faltou (e falta) tudo. Começando nos bens materiais e acabando nos bens afectivos. Abraços. Colo. Conforto. Umas festas na cabeça e a frase “vai tudo correr bem”, mesmo na incerteza. E isso vê-se na agressividade, na cobiça, na raiva da fala, na aspereza dos gestos.
Posso dar-me durante uns minutos ou durante umas horas, mas depois, no fim, viro as costas e retomo a minha própria vida, enquanto aquelas outras vidas continuam lá, como sempre. Sem abraços, sem colo, sem confortos.
E eu, que me estou sempre a queixar e que sofro de uma hipersensibilidade e de uma carência estúpida para as coisas mais imbecis, vejo que, se calhar, afinal, até tenho sorte.
E isso deixa-me triste.
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