Antes da Páscoa, uma data de gente a dizer-me que estou com um ar cansado. Na Páscoa, pego nuns quantos conjuntos de vinte-e-quatro-horas, junto-os aos feriados e pontes e ganho umas férias.
No primeiro dia, chegada a casa já o dia terminou há muito (quem me manda a mim meter-me em formações), sento-me ao computador para terminar (ie, fazer de raiz) um trabalho. Às cinco e meia - da manhã, portanto - ao ouvir os galos cantar, resolvo-me a ir para a cama. Nem que seja para fazer um bocadinho de companhia ao marido, que daí a uma hora e qualquer coisa, tem o despertador a mandá-lo trabalhar.
Mas não durmo. Fico a pensar no trabalho pendente, quase acabado mas ainda com alinhavos. E a pensar que qualquer dia arrisco-me como freelancer e vou tentar explorar alguém que tenha a carteira mais recheada que a minha.
Sou mesmo fraquinha.