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outros dias

[dia] período de uma rotação terrestre; no plural, existência

Arroz, mel, leite, amêndoas

Março 30, 2007

No mesmo dia em que comprei as bolachas laxan... errrr... pseudo-alimentação-racional, fiz uma paragem algo demorada em frente às prateleiras dos géis (geles?) de banho.

Ao ler os rótulos das embalagens e apesar de nunca ter engolido muito bem aquela história da protecção da flora (e a fauna?) da pele, dei por mim à procura das tabelas de informação nutricional.

Limpezas de Primavera

Março 30, 2007

Comprei umas bolachas pseudo-alimentação-racional, daquelas que avisam que o consumo excessivo pode ter efeitos laxantes. Sempre me interroguei sobre o que seria, ao certo, "consumo excessivo", já que nunca notei efeitos, nem laxantes, nem de coisa nenhuma, à excepção, é claro, do efeito de satisfação da gulodice.

Estas bolachas, no entanto, devem ser diferentes. Descobri que a dose é um pacote.

cacimba

Março 28, 2007

entro na cama tentando não balançar muito as molas do colchão. encontro-te completamente envolto no lençol e edredões. todo tu és uma bola de roupa que emana calor. procuro um pedaço só teu, mas esbarro em tecido, espuma, algodão. mexes-te e murmuras qualquer coisa. perturbei-te o sono com a minha chegada. faço nova tentativa. descubro um pé fora da muralha e encosto o meu a ele. uma das mãos também escapou e aproveito para entrelaçar os meus dedos nos teus. deves estar numa posição estranha. de manhã, quase de certeza que te vais queixar de teres dormido torto.

apetece-me um abraço. apetece-me tanto um abraço.

Humor (con)sanguíneo

Março 28, 2007

Em acesa picardia fraternal via messenger, tento impressionar o irmão com a história da endoscopia. Ele não se deixa abalar e pede-me pormenores, muitos pormenores sobre o que vi e o que não vi. Estamos nisto durante alguns minutos até que eu, num verdadeiro volte-face, falo-lhe nas análises que tive de fazer, que foi tirar sangue até me doer a veia. O irmão responde-me com um "Ohhh... já caí ao chão... a imagem de uma agulha espetada...", seguido de várias linhas com reticências. Desfiro o golpe fatal ao sugerir tirar uma fotografia ao braço e enviar-lha: "NÃO!!!!!", "Vou desligar".

60 minutos

Março 27, 2007

A hora de sono que me roubaram de sábado para domingo está a fazer com que chegue ao trabalho ainda a coçar as ramelas e, na altura de poder efectivamente dormir, esteja com a pica toda.

MacGaija

Março 27, 2007

Arranjar sozinha uma placa-que-veio-da-Suécia que tinha força a mais nos bicos e uma máquina de lavar roupa que não fazia a hidroextracção como habitualmente é de deixar o ego inflado.

(se tivesse chamado um técnico para fazer a adaptação de uma e dar um jeito ao tubo de escoamento de outra, teria muito provavelmente pago 1 cêntimo pelo aperto do parafuso e 499,99 euros pelo saber que parafuso apertar... Oh yes, I'm good!)

Do otorrino

Março 26, 2007

que era (e é) uma otorrina. As caretas do costume ao ouvir a saga das aftoses. Achou que eu merecia uma endoscopia rápida e sem anestesia. Quem diria que um fio de esparguete enfiado no nariz pudesse causar tantos gemidos, reacções lacrimais, ameaças de espirros e hemorragias. Por pena ou incapacidade de realizar o exame por excesso de movimentações minhas, lá me concedeu umas sprayadelas em tudo semelhantes a um afogamento com sabor e cheiro a banana.

Nos diários da viagem ao jeito de "Era uma vez o corpo humano" ficaram registados a presença de uns "grandes cornetos" (juro que este ano ainda não comi um único), a inexistência (?) de adenóides ("Tirou os adenóides, não tirou?", "Não... nunca fui operada...") e a garganta "um pouco ulcerada" (deve ser por isso que me dói).

Encomendou-me uma folha-A-cinco de análises e parece-me que não foi pela letra à medico que na clínica onde as fui fazer demoraram mais de uma hora a identificar os códigos respectivos.

Daqui a três semanas, conhece-se o estado da nação.

Pessoas que passam (eu que passo)

Março 21, 2007

E é estranho, se pensar muito nisso. Porque ou nos habituamos ou deixamos de reparar e aquilo entranha-se em nós, levanta-se connosco da cama, enrodilhado nos buracos do pijama, nas olheiras, nas preguiças. É como um casaco que se veste e que ninguém nota - nem nós - mas que está lá sempre. E passa a ser habitual - o vazio e o pleno -, sem doer nem mais nem menos. Fica-se apenas sentado, a meio caminho da ida ou do regresso, mãos escondidas nos bolsos, cheias de chuva, cheios de chuva.

Cabaz de Natal

Março 16, 2007

A cadela que a Mãe resgatou na praia em Dezembro ainda não tem os quatro meses feitos e já nos dá pelos joelhos. Arrasta os gatos pelo pescoço e eles deixam. Lambe a boca do outro cão quando ele chega molhado de água ou com farinha da ração e ele deixa. Está sempre às turras à cortina da porta para tentar deitar-se na pedra da soleira. Não há vaso, chinelo, roupa ou pá do lixo que lhe resista. Lança-nos uns olhares espertos e meio loucos que só provocam gargalhadas. Abana a cauda como se fosse um chicote. É desajeitada, atabalhoada e ainda não consegue coordenar muito bem todas as partes do corpo. Come às pressas tudo o que lhe pusermos à frente e rosna a quem se aproximar. E é meiga, meiga.

A cadela que a Mãe resgatou na praia em Dezembro era uma de sete irmãos.

Lost in the crowd

Março 15, 2007

Já contei, algures, que, enquanto adolescente, nunca fui de beijinhos, abracinhos, gritinhos e outros inhos que tal.

Depois de grande, dou por mim a desejar que me abracem e me façam festas no cabelo. Como se sentir o toque de outra pessoa me livrasse de todas as sombras e me tirasse o peso dos olhos quando acordo pela manhã.

Imaginação a todo o gás

Março 13, 2007

O senhor que nos foi montar a placa-que-veio-da-Suécia diz que os bicos têm muita força e aconselhou-nos a recorrer ao Apoio Técnico do IKEA.

...

(estou a tentar não fazer nenhuma piada com as palavras placa e bicos)

Chau chau

Março 13, 2007

Parece que a pedra da bancada é chinesa.

Agora é que o marido - que foge a sete pés dos restaurantes chineses - tem motivos reais para não entrar na cozinha.

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