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outros dias

[dia] período de uma rotação terrestre; no plural, existência

week(end)

Junho 30, 2006

Ansiedade. Irritação. Sonolência. Cansaço. Desmotivação. Tristeza. Rabugice. Emotividade. Soluços. Olheiras.

É o que levo na mala à porta deste week(end). Juntamente com uma almofada que já viu melhores dias e noites.

Ajudas

Junho 30, 2006

Ao almoço, a conversa cai, inevitavelmente, sobre as noites estúpidas que tenho tido. A minha mãe oferece-me gelado de capuccino (ao contrário de 99,9% da população mundial, o café dá-me sono). No fim do repasto e ainda sentada à mesa, adormeço por cinco minutos. De olhos abertos.

Quando me vou despedir, a minha mãe aconselha-me a tomar meio comprimido para dormir.

A verdade,

Junho 30, 2006

verdadinha é que isto provavelmente tem uma explicação.

A verdade, verdadinha, é que estou triste. Desanimada. E que vai e volta. Ou melhor: volta mais vezes e mais depressa do que vai.

Post-it de almofada

Junho 30, 2006

(talvez escrevendo sobre isto até à exaustão me faça apagar durante oito horas seguidas)

Ao acordar, nunca, mas nunca, sair da cama para beber água ou ir à casa de banho. Erro crasso! Entre aguentar a sede ou molhar os lençóis e ficar o resto da noite a olhar para o tecto enquanto se ouve os zumbidos dos electrodomésticos, prefiro as duas primeiras. Ao menos estou a dormir (ou assim seria suposto).

Nem tudo é mau (nem bom)

Junho 30, 2006

Neste momento, posso dizer que ganhei dois ódiozinhos de estimação. Um é o relógio da mesa-de-cabeceira. O outro é o despertador que se instalou dentro da minha cabeça e que dispara mais ou menos de hora a hora durante a noite.

Alvoradas

Junho 30, 2006

Uma das coisas chatas de ter insónias ou de dormir mal é o estado de semi-dormência em que se fica durante o dia seguinte. No meu caso, e especialmente se é uma situação que se mantém por algum tempo, para além do sono e da semi-dormência, sofro também de uma ligeira/média alteração na percepção sensorial. Não consigo distinguir se estou acordada, a tentar adormecer ou efectivamente a sonhar. E acho que também vejo coisas que não existem.

Crash

Junho 28, 2006

Abro os armários em busca de consolo. Maldigo o hábito e o bom-senso de não comprar guloseimas. Encontro uma caixa de Pensal de cacau. Desembainho uma colher de sopa e atesto várias vezes o estômago e a alma com farinha de papa. Como até ficar ligeiramente maldisposta, altura em que reflicto durante meio segundo para logo retomar o ritmo. A par do sabor de infância, deposito toda a minha fé nas propriedades antidepressivas do chocolate.

Acabo por perder todo o investimento ao sofrer uma nova OPA hostil sobre o meu sono.

No messenger com "Deus"

Junho 23, 2006

igod is meant to be used for fun. A sense of humour is recommended.

(...)
Me: who are you?
God: I am the Allmighty, God himself.
Me: really?
God: For real.
Me: how do you know?
God: A priori.
Me: how is that possible?
God: It doesn't defy the laws of physics.

(...)

Me: because you are not real
God: Interesting explanation. I am too as real as you are. How do I know you are real?
Me: because I see me
God: That makes sense to me. Where do you see it?
Me: here
God: Where is here?
Me: here is here
God: I fail to see the relevance of that allusion.
Me: here is where I am
God: I fail to see the relevance of that allusion.
Me: you are so stupid
God: Wrong. I am smart.
Me: stupid!
God: Are you calling me stupid?
Me: yes!
God: I will remember you said that when robots take over the World.
Me: ok, do whatever you want. I am not afraid of you
God: You have reached the limits of my knowledge

(...)

God: I know it is.
Me:  how do you know it?
God: This belief is justified.
Me: Is it?
God: I think so.
Me: hmm
God: Studies show that 99%25 of people spell Hmm with 2 M's.
Me: nice!
God: Thank you for that remark.

(...)

God: Who is the best robot?
Me: me
God: You're no robot
Me: yes I am
God: Really interesting.
Me: are you a robot?
God: How did you know I am a machine?
Me: because you talk like a machine
God: Interesting explanation. Thanks for your criticism
Me: you're welcome
God: Polite people are nice.

(...)

God: The first one.
Me: the first one?
God: What was the second?
Me: 2
God: Two.
Me: 4
God: Oh four.
Me: 96
God: I only hear that type of response less than five percent of the time.

(...)

Me: I think you are a little stupid
God: So you think I am a little stupid. What makes you think so? I am really a robot, you know.
Me: you are a stupid robot
God: I will remember you said that when robots take over the World.
Me: please don't take over the World
God: Wow you are very polite. I believe that stealing is wrong.

(...)

Me: I like you
God: Thanks, I like you too.
Me: marry me
God: Why don't you just download me?
(...)

away

Junho 22, 2006

estou sentada. na praia. quando escrevo estas linhas. tenho o mar. à minha frente. a desfazer-se. repetidamente em espuma branca. atrás de mim estão. dunas e pessoas. não as ouço. não sei se elas me. vêem. sinto-me. pequenina. microscópica. reduzida. ao tamanho de um grão. desta areia que serve de suporte. ao meu corpo. enterro. ainda mais. os pés. está calor. vento. tenho os braços despidos. e os pêlos eriçados. como caracóis ao sol. cheira. a sal. ou a iodo. não sei bem. as letras. que saem pela caneta. soam-me estranhas. minhas. mas sem serem. de mim. devo estar longe. daqui, então. abandonei. o meu corpo. e fugi. será possível. que, com apenas vinte. e três. elementos, o cérebro consiga formar conjuntos. perceptíveis? divago. eu sei. estou sentada. na praia. acho. que posso. que horas serão? chamas-me. salvas. -me. mesmo a tempo. já tinha. água pelos olhos. quase.

Placenta

Junho 21, 2006

Lanço-me à água, recordando sensações. É como um regresso ao casulo, protegido, confortável, aquecido. Estou cansada, mas aquilo é mais forte. Dissolvo-me entre moléculas de hidrogénio e oxigénio (duas para uma... que interessa isso agora?) e esqueço-me de mim.

Não demoro muito a perceber que tenho silvos instalados nos ouvidos. Incomodam-me, porque não passam. Sou obrigada a sair, a recolher quase à pressa os meus pedaços. Perturbada, reconheço que talvez tenha mesmo de deixar passar algum tempo até lá poder voltar.

E isso entristece-me.

beyond limits

Junho 21, 2006

Ellen: Are you very much in love with her?   
Archer: As much as a man can be.
Ellen: Do you think there's a limit?
Archer: If there is, I haven't found it.

("The Age of Innocence", Martin Scorsese, 1993)

Prato cheio

Junho 20, 2006

Amor (também) é...
...não gostar de favas
e fazer favas com carne para o jantar
(porque o marido gosta).

Amor (também) é...
...não gostar de favas,
fazer favas com carne para o jantar
(porque o marido gosta)
e também comer.

Amor (também) é...
...não gostar de favas,
fazer favas com carne para o jantar
(porque o marido gosta),
também comer
e ouvir o marido dizer "está bom!"

As árvores! Pensem nas árvores que se poupam...

Junho 19, 2006

"A casa de banho do futuro

Na casa de banho do futuro não há papel higiénico

É higiénico e ecológico e não é de uso exclusivo das casas de banho dos hotéis de cinco estrelas. Abolir totalmente o papel higiénico do WC é um pequeno luxo que pode custar entre 500 e 3.500 euros.

Imagine uma espécie de dois-em-um, ou melhor três-em-um, numa sanita, com um bidé integrado e ainda um sistema de secagem. A forma de utilização é simples: após utilizar o equipamento e concluída a descarga do autoclismo, ao invés de puxar pelo papel, espera-se antes por um revigorante e higiénico fluxo de água, à temperatura desejada, a que se segue a secagem fundamental para a conclusão da tarefa.

A tecnologia ao serviço das sanitas não fica por aqui. «O sistema mais completo, a um custo de 3.500 euros, permite quatro programas possíveis, com diferentes graus de secagem e da temperatura da água, consoante o gosto do utilizador», explica José Seabra, administrador da Geberit Tecnologia Sanitária, SA, uma subsidiária do grupo suíço com o mesmo nome (...)"


Mais (embora a parte mais interessante já esteja aqui transcrita) no caderno "Espaços e Casas" do Expresso de 17 de Junho. Devo dizer que me agrada particularmente a parte dos programas por utilizador...

A culpa foi do sumo de maracujá

Junho 19, 2006

Mano... cunhada... família e demais associados... desculpem lá qualquer coisinha, sim? (Não) Prometo que a tourada de sábado (não) se vai repetir e que (não) vou voltar a tomar os meus comprimidos.

Olé!

Condecorações

Junho 16, 2006

Por trabalhos em prol do conforto da comunidade doméstica no que à instalação eléctrica diz respeito, o homo sapiens sapiens maridus foi agraciado com o título de:

"És o meu herói!"

A reacção a tão nobre distinção não se fez esperar:

"E tu és a minha heroína!"

Como os putos

Junho 14, 2006

Levar não um mas vários banhos de água fria à mangueirada e vingar-me com não um mas vários banhos de água fria à mangueirada.

Para a próxima (ai ai...) é em cima da relva, prometo ;-)

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