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outros dias

[dia] período de uma rotação terrestre; no plural, existência

Too much Tequilla

Março 13, 2007

Este fim-de-semana, disseram-me que devo ser boa para tocar trombone porque tenho os braços compridos.

Eu cá acho que se me puser a soprar numa corneta, vou começar a ver luzinhas e julgar-me num festival de estrelas (de)cadentes.

Ah, e obrigadinha pela parte dos "braços compridos". Os complexos que tinha antes dessa informação agora parecem-me insignificantes.

(LOL)

Ainda os suecos

Março 12, 2007

Gosto dos suecos (pelo menos os do IKEA).
Os suecos (pelo menos os do IKEA) são espertos. Ou antes: são inteligentes.
Os suecos (pelo menos os do IKEA) desenham peças para fixar rodapés que permitem a partilha do mesmo pé por duas peças em simultâneo. Basta colocar uma virada para cima e outra virada para baixo.

Quando descobri isto, senti o mesmo que sinto quando acabo um puzzle onde o céu foi dividido em 3000 bocados iguais.

A placa que veio da Suécia

Março 12, 2007

Gosto dos suecos (pelo menos os do IKEA).

Há quase um mês, encomendei uma placa de fogão que estava esgotada. Deixei-a paga, prometeram entregar-ma em casa na primeira semana de Março. A montagem da bancada estava marcada para este sábado de manhã. Sem placa, a bancada foi feita e CORTADA apenas com as medidas do catálogo. À cautela, antes de besuntar aquilo tudo com silicone

(isto depois de seco, só sai arrancando os azulejos...)

passei umas boas horas ao telefone com o apoio ao cliente do IKEA. Que sim senhor, a placa já tinha chegado. Que sim senhor, a placa já estava com a empresa de distribuição. Que sim senhor, a placa estaria na minha casa no sábado... às 17 horas.

Só que não podia ser. A bancada ia ser montada de manhã.

Mas que sim senhor, se fosse pessoalmente ao balcão da empresa de distribuição, provavelmente ma entregariam no momento. E que sim senhor, em alternativa, se quisesse desistir da encomenda e trazer uma outra que existisse em armazém, o poderia fazer.

Às oito e qualquer coisa da noite de sexta, aterrei no IKEA. Esperei uma eternidade para ser atendida no balcão dos Transportes. Expliquei-me. Responderam-me Sim senhor, claro que é possível, aguarde só um bocadinho.

Um bocadinho de uma hora. Até tive tempo de me cruzar com uma actriz da Floribela.
...
É só mais um bocadinho, está bem?
...
Aguarde só mais um pouco...
...
Eu peço IMENSA desculpa, mas houve um engano... revirámos tudo e a placa não está no nosso armazém daqui e sim em Carnaxide. O máximo que conseguimos fazer é tê-la cá amanhã, logo às 10 horas.

Às 10 horas não me servia. Às 10 horas já a bancada estaria irremediavelmente colada com silicone. Às 10 horas, só me restava rezar para que os centímetros do catálogo fossem os mesmos centímetros da placa.

Fui pedir socorro ao balcão de Apoio ao Cliente do IKEA. Expliquei-me novamente. Disse que pretendia desistir da encomenda e trazer uma placa nova. Responderam-me que não tinham placas daquelas em armazém, que são todas encomendadas e que vêm de fora.

(pontaria...)

Fiz uma cara de desespero de quem tem um buraco-numa-pedra-e-não-sabe-se-a-placa-que-comprou-cabe-lá-dentro.

Funcionou.

Do Apoio ao Cliente telefonaram para o responsável pelos Transportes. Negociações favoráveis. Podiam trazer a placa de Carnaxide naquele dia, mas só chegaria perto da meia-noite. Nova cara de desespero de quem tem um buraco-numa-pedra-e-não-sabe-se-a-placa-que-comprou-cabe-lá-dentro-e-já-está-a-ver-a-vida-a-andar-para-trás-e-vai-chegar-a-casa-a-umas-belas-horas. Novas negociações.

Dentro de meia hora tem cá a sua placa.

Eureka. Aleluia.

Trinta minutos depois – certinhos, certinhos – trouxeram-me um carrinho com uma caixa de esferovite. Muitas desculpas pelos atrasos e confusões e informações mal dadas pelo apoio ao cliente telefónico, muitos agradecimentos, muitos apertos de mão, muitos sorrisos e eu toda contente com a placa debaixo do braço e a cair de sono mas já sem um buraco-numa-pedra-e-não-sabe-se-a-placa-que-comprou-cabe-lá-dentro.

Resumindo.
. A vontade e o empenho que todos os funcionários com quem falei demonstraram em me ajudar na questão do buraco-numa-pedra-e-não-sabe-se-a-placa-que-comprou-cabe-lá-dentro foi excepcional. Nunca esperei que enviassem um carrinha de propósito a Carnaxide para ir buscar a minha placa.

(é possível que a ida da carrinha já estivesse planeada e que tudo não tenha passado de uma feliz coincidência, mas que se lixe, eu estava bem disposta e o elogio é merecido)

. A loja sueca tem umas bolachas de aveia que são um vício.

. Aqueles hot dogs a 50 cêntimos não sabem ao quem parecem na fotografia.

. Os centímetros eram os mesmos e a placa assentou na perfeição.

. Consegui não fazer uma única piada com a palavra placa.

Holograma

Março 09, 2007

A Deco/Proteste diz-me, pelo correio, que se subscrever rapidamente as suas revistas, recebo o presente com que sempre sonhei: um relógio despertador que projecta as horas no tecto.

Assim de repente, não consigo perceber onde está a parte do "com que sempre sonhou". Acordar a meio da noite e ver luzes projectadas no tecto apenas me faz pensar em invasões alienígenas.

Fora de nível

Março 08, 2007

Quando um senhor a quem foi encomendada uma pedra para a bancada da cozinha diz que precisa de "rectificar medidas" na véspera de entregar a dita pedra, isso significa que..................................................................................................

(suspiro)

Janela com vista para o muro do vizinho

Março 02, 2007

Não tenho falado nas obras. Porquê?

Pouco ou nada há a assinalar.

Vi a cozinha ser invadida por uma brigada de intervenção composta por três homens demolidores que, num único dia – num único dia, repito –, descascaram completamente as paredes e abriram o buraco da futura janela. Verdadeiramente impressionante, garanto-vos.

A partir daí, a velocidade de trabalho entrou em modo cruzeiro. Daqueles que atravessam o Mediterrâneo todo.

Rebocar é uma arte minuciosa. Não é por se tratar de uma mistura de cimento, areia e água que se vão fazer as coisas de qualquer maneira. Calma, portanto.

E se rebocar é uma arte, assentar azulejos mais ainda. E como qualquer arte, deve ser admirada. Enquanto o ladrilhador trabalhava, o servente e o pedreiro iam exclamando uns quantos "'tá ficando bonito!".

Chamou-se depois o homem da tinta. Que se esqueceu de pintar a aduela da porta mas, em contrapartida, pintou uma parede que não era suposto (pelo menos para o chefe dele). Achei-lhe graça porque tinha um escadote igualzinho ao nosso. Igualzinho.

No mesmo dia das pinturas (devidas e indevidas), as tábuas, plásticos, ferros e sei lá mais o quê que tapavam o buraco-aberto-pelos-homens-demolidores foram finalmente substituídos por uma janela a sério. Com barras que não queríamos. Com um vidro que não queríamos. Mas, hei... era uma janela (é incrível a quantidade de água que pode entrar por um buraco-aberto-por-homens-demolidores vinda do escoador de um terraço, mesmo quando não está a chover)

Faltava então a parte eléctrica, fixar os armários de parede e colocar o esquentador. Um dia? Um e meio? Dois? Mais? ... Apostas, aceitam-se.

Quando experimentávamos o regresso das águas quentes correntes, a lâmpada da cozinha explodiu e o esquentador desligou-se sozinho (ou o esquentador desligou-se sozinho e a lâmpada explodiu). Foi pena, porque a lâmpada tinha misteriosamente deixado de acender assim que o pintor recolheu os baldes, trinchas e rolos e estávamos mesmo, mesmo contentes por, afinal, não ser preciso trocá-la.

Os armários... que dizer sobre os armários? São maiores que os anteriores e estão mais alto que os anteriores (alguém sabe com que idade é que paramos de crescer?).

Fora isto, nada a assinalar, como referi.







Excepto, talvez, a pedra para a bancada. Ou os armários inferiores. Ou os ângulos rectos-que-afinal-são-obtusos-e-agudos. Ou o exaustor. Ou a placa. Ou as gavetas que "chegam em Março mas não sabemos quando". Ou ainda o quão hilariante e divertido é ter uma mesa de campismo no escritório e um alguidar com copos e tigelas na banheira.


Hmmmm.
Acho que vou ter de escrever outro post.

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